31/07/2016

#VEDA +#30DaysLetterDs

31/07/2016
Fala Disconcentrados!

Mês de Julho chegando ao fim e cá estou eu, me despedindo de um mês que eu gostei muito, que foi mega divertido e cheio de coisas boas! E aproveito o fechamento do mês para um post com novidades pra AGOSTO!




Agosto é um mês cheio pra mim, volta as aulas, meu aniversário, aniversário de uma das minhas melhores amigas, dia dos pais... Uma loucura! E vocês devem estar se perguntando "Será que a Luly vai fazer o #VEDA de Agosto?", então... Antes de responder vamos explicar para a galera que não sabe, o que é o #VEDA.

#VEDA é a sigla pra Vlog Everyday in April/August, que traduzindo para o português, vlog todos os dias em Abril/Agosto. A ideia - que trabalha a criatividade de todos os youtuber - é postar todos os dias do mês um vídeo diferente. O #VEDA acontece tanto em Abril quanto em Agosto e, quem já fez, disse que é pior que maratona e é bem puxado.

Então, só irei saber amanhã, junto com vocês se vai ter VEDA no Disconcentra ou não, MAS, com toda certeza, entrarei em um outro desafio que vai durar o mês todo aqui! (Antes de continuarmos, SIM, fortes chances de termos DUAS maratonas/desafios rolando ao mesmo tempo no Ds)

Tem mais um menos um mês que recebi de uma amiga o desafio "30 Days Letter Challenge" que para o português seria, mais ou menos como "Desafio: 30 cartas em 30 dias", que funciona assim:
Tenho uma lista de 30 "pessoas" que eu tenho que escrever uma carta para cada uma delas, simples!


Dia 1 - Seu melhor amigo
Dia 2 - Seu Crush
Dia 3 - Seus pais
Dia 4 - O seu irmão (ou parente mais próximo)
Dia 5 - Seus sonhos
Dia 6 - Um estranho
Dia 7 - Seu ex-namorado/namorada/paixão/amor
Dia 8 - Seu amigo favorito da internet
Dia 9- Alguém que você gostaria de conhecer
Dia 10- Alguém que você não conversa tanto quanto gostaria
Dia 11- Uma pessoa falecida, com quem você gostaria de conversar
Dia 12- A pessoa que você mais odeia ou lhe causou muita dor
Dia 13- Alguém que você deseja que te perdoe
Dia 14- Alguém que você se afastou
Dia 15- A pessoa que você mais sente falta
Dia 16- Alguém que não está em seu estado / país
Dia 17- Alguém da sua infância
Dia 18- A pessoa que você gostaria de ser
Dia 19- Alguém que importuna sua mente (de uma forma boa ou ruim) 
Dia 20- A pessoa que quebrou seu coração pra valer
Dia 21- Alguém que você julgou por sua primeira impressão
Dia 22- Alguém que você quer dar uma segunda chance
Dia 23- A última pessoa que você beijou
Dia 24- A pessoa que lhe deu sua memória favorita
Dia 25- A pessoa que você sabe que está passando por tempos dificeis
Dia 26- A última pessoa que você prometeu algo de pés juntos
Dia 27- A pessoa mais amigável que você conheceu só por um dia
Dia 28- Alguém que mudou sua vida
Dia 29- A pessoa que você quer dizer tudo, mas tem muito medo
Dia 30- O seu reflexo no espelho


Nessa lista temos vários tipos de pessoas, próximas ou não e eu fiquei super empolgada e resolvi que faria esse desafio e postaria aqui no Disconcentra. Pra funcionar bonitinho, toda vez que um post vier com #30DaysLetterDs é uma das 30 cartas que escreverei esse mês e colocarei em qual dia estamos. Espero que vocês gostem e queiram acompanhar todas as cartinhas que por aqui passarão...

Estou super ansiosa pra saber se teremos VEDA e se vocês vão curtir o nosso #30DaysLetterDs que será feito com todo meu coração ♥

Feliz Agosto para todos nós! 

07/07/2016

A casa dos meus pais.

07/07/2016




Uma das coisas mais difíceis que eu tive que falar na minha vida foi: casa dos meus pais. Eu esperei por isso por muitos anos, sempre que pensava em ir ter a minha casa, morar sozinha, ser adulta... pensava até nas minhas contas pra pagar e como eu faria isso dar certo.

 Eu nunca pensei que seria difícil como foi. Eu sai da casa dos meus pais em uma semana por causa da faculdade. Quase da noite pro dia. Fui morar numa cidade que eu não conhecia quase nada - tá, nada que fosse turístico ou restaurantes -, não tinha amigos por lá, nem nome de rua ou onde eram as coisas. Foi uma bagunça. O tempo passou e um mês depois eu estava parcialmente habitada.

Eu sabia que na rua da trás de casa tinha um mercado, se eu precisa-se tirar xerox ou fazer algo em uma gráfica tinha uma há duas quadras da minha casa. O ponto de ônibus era quase em frente de casa e qualquer ônibus que eu pegasse seguiria para o centro da cidade - uns com uma volta maior, outros com volta menor. - porém, nem todos serviam pra eu voltar pra casa. Descobri que os moradores da cidade eram fechados e não falavam bom dia para estranhos... ah e eles também não tem o hábito de sorrir. 

Três meses depois, eu comecei a gostar mais do conforto do meu apartamento. Passei a gostar do barulho dos carros que vinha da rua pela minha janela, mas só no período da noite quando eu chegava da faculdade. Comecei a gostar do silêncio dos vizinhos, mas ficava feliz em saber que o cachorrinho da casa ao lado gostava de me ver sentada na sacada e ia me fazer companhia. Cada um na sua sacada, claro. Comecei a gostar de virar a noite em claro pra ver o sol nascer e esperar alguns minutos a mais antes de ir pra faculdade pra ver ele se por. Comecei a me sentir acompanhada pela lua.

Os meses foram passando e eu morava naquela casa, mas não era a minha casa. Não mesmo. Eu dizia que tinha três casas, a que eu morava durante a semana, a dos meus pais e a da minha vó - Ah, convenhamos que casa de vó é sempre nossa casa. Eu tinha roupas nas minhas duas casas (menos na da vovó), tinha trabalhos, documentos, fotos... tudo espalhado aqui e lá. Na casa da cidade fria, eu tinha uma cama e uma arara de roupa no meu quarto e me limitei a isso por um ano.

Um ano. Teve que passar um ano pra eu aceitar ganhar um guardarroupa. Um ano pra eu ter mais do que vinte e cinco cabides com roupas e uma gaveta na comoda. Um ano pra eu levar quase tudo o que é meu da casa dos meus pais, pra eu colocar coisas na parede, pra eu conseguir pensar o que estava na casa dos meus pais e não naquela casa ou na minha mala. Eu cresci nesse um ano. Aprendi sobre as pessoas daquela cidade, aprendi sobre mim, aprendi sobre o mundo, sobre a vida.

Um ano e meio depois que eu saí de casa e eu falei "casa dos meus pais". E se você pensa que saiu de forma natural, sinto de desiludir, mas não. Saiu travado, engasgado, doído, rasgado, mas saiu. Saiu deixando um nó na garganta desatado, um nó criado a um ano e meio atrás que finalmente foi desfeito. Eu tenho a minha casa e meus pais a deles.

A casa dos meus pais sempre será minha casa, mas agora -finalmente- eu tenho a minha casa. Ainda longe de ser tão minha quanto eu sonhava quando era mais nova, mas minha. E eu aprendi, que sempre será minha casa a casa dos meus pais. Aprendi que o céu sempre vai ser diferente, que as pessoas vão mudar de um lugar para o outro e que casa é diferente de lar. O lar, nosso lar, nós construímos dentro de nós e guardamos quem amamos lá dentro. 

Bem vindos ao meu lar. 

Confira também