Faz mais de um mês que eu estou longe de casa, longe do meu
mundinho. Longe dos meus pais, da minha irmã, da minha família, dos meus
amigos, da minha rotina... longe de tudo o que me faz ser eu.
É absurdamente gostoso, sair de casa e conhecer o mundo. Tem
sido maravilhoso essa experiência de morar na praia. Acordar, ver o mar, tomar
sol, um banho de mar, uma água de coco... volta pra casa, se arruma e "bom
trabalho!". Por inúmeras vezes desejei sair de casa, ter meu cantinho no
mundo e curtir tudo o que aquilo poderia me proporcionar. Nessas inúmeras vezes
me via uma pessoa que não parava em casa, estava sempre pelas ruas buscando um
lugar novo para conhecer, fazer novos amigos, me divertir, criar histórias.
Eu, acredito que Deus faz as coisas no tempo certo. Nessa
viagem, eu descobri que não aguento mais de um mês tão longe de casa - mesmo
tendo pessoas de casa comigo, o que diminui em 50% o problema -, é muito tempo,
sem saber que eu posso ligar e falar "Ow! Vamos sair amanhã? Ou a gente
pode fazer uma maratona de série em casa se você preferir!". Acho que eu
ainda não to pronta pra enfrentar o mundo como eu sempre julguei estar, mas
preciso sempre de experiências assim, para ir aprendendo a lidar com a saudade.
Eu ando vivendo numa via de mão dupla, ao mesmo tempo que quero
ficar, não vejo a hora de voltar. Daqui uma semana, eu to descendo do avião e
chegando em casa. Vou embora querendo ficar, mas chego querendo ficar presa no
abraço dos que não estão aqui. A saudade é tanta.
No final das contas, essa é a delicia de não terem inventado a
maquina de teletranspote ainda. As partidas iam ser desimportantes, as chegadas
sem alegria e a saudade - que mesmo que em intensidades diferentes para cada um
- não ia ser sentida e que graça teria então a partida? É uma delicia ir, explorar o mundo e descobrir e aprender coisas
novas. Mas é uma delicia voltar e saber que as raízes ainda estão lá.
Aproveito para agradecer a quem me fez embarcar nessa viagem - a
trabalho - de férias e que me deu uma oportunidade brilhante para aprender
sobre o mundo, sobre as pessoas e sobre mim mesma. O quanto eu te amo, não se
conta, nem em todas as areias das praias que andamos são suficientes. Agradeço
quem me incentivou a vir, me incentivou a buscar sempre o melhor das
oportunidades e a me divertir muito. Agradeço aos que ficaram, que me fazem
sentir saudades, que fazem a hora de voltar ganhar contagem regressiva, porque
é a prova que existe muito amor envolvido. Por fim, agradeço a todos vocês
juntos, por fazerem a vida valer a pena e doer os abraços de despedidas e terem
os melhores do mundo: os abraços da chegada.
Ah, eu to só no começo dessas viagens, mas eu sempre vou querer
voltar. A dica, é: Vai, vai com fé. Acredite que vai ser bom e vai do jeito que
der, mas VAI!
Com amor, carinho, gratidão e saudade.
Eu.
Nenhum comentário:
Postar um comentário