Seguindo na meta do ano de ler um livro por mês, logo no começo de fevereiro o escolhido foi o livro A Playlist, que chegou na minha estante em dezembro do ano passado e eu estava ansiosa pra ler. Eu sou o tipo de pessoa que julga o livro pela capa, ela tem que me conquistar pra me fazer pegar o livro e entender um pouco mais sobre a história, mas com esse livro foi diferente quem me conquistou foi o título. Como uma pessoa que ama música e sempre está montando uma playlist diferente acreditei que precisava ler essa história
A Playlist conta a história da Emery Taylor, uma mãe solo que faz de tudo para cuidar da pequena Reese e da casa. A jovem é fã da dupla Alex & Oliver, uma dupla de R&B de muito sucesso que está lançando o terceiro álbum da carreira quando uma fatalidade acontece. Emery e Oliver se conhecem em uma difícil noite em um bar e o grande sonho de conhecer seu ídolo acaba sendo uma experiência peculiar, mas que abre portas para um possível amor.
Como uma amante de boas histórias de fã e seus ídolos, é claro que essa me pegou de jeito. A forma como a autora Brittainy Cherry escreveu, a construção desses personagens, com suas forças e fraquezas, colocando eles em uma perspectiva bem humana, para além dos holofotes. Eu sou fã de romances e nesse vai lendo, acompanhando eles se apaixonando aos poucos, nos detalhes, fica até dificil de largar o livro.
Além dos personagens principais, trago em destaque três personagens que roubaram meu coração (até mais que Emery e Oliver): a pequena e doce Menina Reese, a Dra. Preston ou Abigail pros intimos e a mami Michelle. A Reese é uma criança de 5 anos, a filha da Emery e uma personagem sincera, fofa e adorável, que faz todos se apaixonarem por ela e cria uma relação unica com Oliver, queria ser amiga dela.
A Abigail é uma psicóloga aposentada e vizinha da Emery, que se tornou o apoio principal da garota. Ela tem falas super pertinentes na história e que faz você pensar e refletir. Ela se torna uma guia, que ajuda os personagens a se encontrarem com eles mesmos e enfrentando os seus medos com delicadeza, cuidado e atenção. Já Michelle é a mãe de Oliver, a força da família, que trás palavras maternais e carinhosas aos personagens principais. Me chamou a atenção a força e o jeito acolhedor dela impresso nas falas e na sua própria história.
Nas 348 páginas desse romance, algumas delas são de duas cenas picantes, que particularmente senti que poderiam ter sido melhor encaixadas na história, principalmente a segunda cena. Essa segunda cena me pega em uma segunda problemática, o fato deles estarem preocupados com ter ou não ter a camisinha apenas para não engravidar e sabemos que não é bem assim. As DSTs estão por aí e eu sou defensora da ideia da importância de livros com cenas de sexo enfatizarem a importância desse cuidado. Tem artigos na internet de autores que falam até mais detalhadamente sobre o tema e eu recomendo a leitura. E eu não senti que elas trouxeram um a mais na história, elas só confirmam o que páginas antes: eles estão mais do que apaixonados, eles estão amando.
Eu me encantei pelo casal, pela Reese e fui surpreendida em alguns plots da história que eu recomendo que você lei, porque eu não quero te dar spolier. Ah! E uma coisa que eu senti falta, e agora eu estou falando com a Editora Record, o livro menciona uma lista de músicas ao longo do texto e poderiam ter feito uma página no final com essa playlist todinha por lá, como já vi em outros livros por aí. A Playlist teve a tradução feita pela Carolina Simmer e foi lançado em 2024 e chegou no Brasil pela editora Record.